No Seu Olhar

Tempo de leitura: 4 minutos

No seu olhar, contemplo o brilho de milhões de galáxias…

Pulsante.
Quente.
Luminoso.

De um ponto infinitesimal.
O Universo se fez no aparente caos.

Da confusão aparente do cosmos nascente.
A ideia criadora jazia na mente.

Aleatoriamente o tempo me fez ver desconexões e confusões.
Mas a ordem, a confiança e a certeza era o principio não percebido.

Fé no devir.

Pois, no tempo da causa para o efeito.
A distância criou o espaço perfeito.

Nêutron me fez o livre arbítrio.
Próton me fez proativo.
Elétron me fez reativo.

Tudo vibrando e ressonando numa música cósmica.
Vi Shiva na sua dança transformadora.

No apertado das nuvens de hidrogênio.
A gravidade gerou as primeiras estrelas.

No seio da fornalha estelar a fissão nuclear do elemento elementar.
Hidrogênio gerou Helio em seu lugar.

Com o passar das eras na relatividade do tempo-espaço.
Novos elementos surgiram na soma atômica de prótons.

Carbono, oxigênio, fósforo, nitrogênio, sódio, cloro e um sem fim de elementos.
De seu combustível nuclear a estrela gerou.

Mas quando o ferro gerou, a estrela na morte expirou.
Espalhando no espaço as sementes da vida universal.

Planetas e Terras disseminou.
Seus vestígios no solo fértil reinou.

Um novo Sol encontrou planetas a vagar.
Na Via-Láctea um sistema solar veio de vez a reinar.

Bilhões de trilhões sem fim de galáxias passaram a existir.
A vida assim não pode deixar de existir.

No inferno de Dante na Terra.
Eras se passaram deixando tudo pronto para ela — a Vida.

As Consciências Cósmicas do outro lado do véu de Maya.
Dirige com maestria os acontecimentos universais.
Pois o Criador sente prazer em compartilhar sua Luz Infinita.

Semeando a vida nos astros cósmicos.
A célula viva surge como um átomo do pensamento divino.

Das mônadas individuais surgiram as coletividades multicelulares.
Pois sozinho não se avança na busca por esperança no amanhã que há de surgir.

Evoluindo em gerações, populações de seres se diferenciam.
Não o mais forte, mas o mais adaptável consegue no fim transmitir a vantagem de existir.

Plantas, árvores, insetos e animais numa dança de vida e morte.
No dia e na noite, na espreita da moita.

Expulsos do Paraíso de seus planetas evoluídos.
Capelinos e outros degredados aqui aportaram.

Hominídeos possibilitaram que Capelinos em corpos terrestres.
Tivessem a chance de resgatar e aprender novos saberes.

Aprisionados em corpos que escondiam uma divindade estelar.
Pois na dimensão e gravidade da Terra era então um fardo a carregar.

Anjos caídos disfarçados de hominídeos terrestres.
Em cavernas habitavam recolhidos.

Annunakis os deuses astronautas no planeta a buscar.
O ouro precioso para seu planeta salvar.

Descobriram no labor das minas a dificuldade a superar.
Experiências genéticas aqui fizeram.
Do Homo-sapiens sapiens souberam então o Adão despertar.

De belas mulheres, os filhos de Deus a desejar,
Nephilins na Terra reinaram a abusar.

Noé foi o escolhido por carregar no DNA o Adão redivivo.
Na arca foi concebido a biblioteca genética de um novo mundo.

Muitas experiências dessas o mundo se viu a realizar.
Dilúvios se fizeram testar novos projetos a vingar.

O mundo inteiro tem suas histórias, reinos e divindades.
Deus é prolífico, profícuo, prudente e sagaz.

Há pouco mais de 2.000 anos atrás.
A Luz, o Verbo, a Justiça, a Misericórdia e o Amor.
Num corpo encarnou.

Seu comportamento ensinou o que Moisés declarou no Deuteronômio.
Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração.
Com toda a tua alma, e com toda a tua mente.

Em Levítico salientou.
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Nestes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas.

Seu amor é intenso e desconcertante.
É puro encanto e ardor.

Ele ensinou que nunca estamos sozinhos.
Os Guardiões ele enviou.

No Colegiado amigos formou,
Agentes da justiça transformou.

Emoção sinto quando o mantra canto.
Na quinta-feira todos juntos oramos.

No sangue que corre em minhas veias.
Sinto a vida pulsante que do meu coração bate.

Me lembro do início desse texto.
Quando o ferro da estrela a morte provocou.

Esse mesmo ferro no meu sangue.
Carrega o oxigênio que respirando estou.

O carbono, o nitrogênio…meu Deus todos os elementos.
Do meu corpo a estrela gerou!

Somos filhos das estrelas.
Sementes de Luz.

Ó Cristo Cósmico!

Quando para o céu a noite as estrelas observo.
No seu olhar, contemplo o brilho de milhões de galáxias…

Isso não é um poema.
É um conto apenas.

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