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Lidando com os desafios

Quando uma situação de desafio surge, seja ela uma ofensa que nos dirigem, um conflito, uma traição, uma perda financeira, etc., geralmente reagimos a esses desafios responsabilizando alguém ou algum evento externo.

Normal, é tão fácil fazer isso.

Porém, esse tipo de atitude não resolve a questão de fato. Podemos achar que sim; tipo: respondi na mesma altura àquela pessoa que me ofendeu, machuquei aquele que me traiu, culpei o governo pela minha perda financeira, o chefe me ofendeu e eu descontei em alguém por que estava de saco cheio…

Por trás dessas justificativas externas se esconde algo interno, que não enxergamos ou escondemos de forma intencional.

Existe uma frase interessante utilizada por algumas pessoas em relação a alguém que reage, aos desafios, de forma a responsabilizar os outros, de forma agressiva, onde se diz: “ele pensa que é o cavalo do cão”.

Estas situações desafiadoras que levam à reatividade provocam uma espécie de ofuscamento, uma névoa confusa pois não se consegue ver claramente o cenário completo, e, principalmente, não se consegue ver o verdadeiro adversário agindo.

A curto prazo ser reativo pode parecer vantajoso, pois mostramos àqueles que nos prejudicaram que se pode também prejudicá-los, ou mostrar à platéia que é…hum…aquele ‘cavalo do cão’.

Isso só revela que não se é capaz ou que não é preciso assumir responsabilidades de fato.

O verdadeiro adversário é justamente a forma reativa de agir.

Esta forma de reagir, provocada por uma série de reações psico-fisiológicas induz um comportamento psicossomático criando um espaço.

Um espaço?

É.

E sabe o que e quem está vivendo nesse espaço?

Satán – palavra de origem hebraica que significa principalmente Adversário (o opositor, a autosabotagem, os egos reativos)… daí que por corruptela a palavra derivou a tão temida e popular satã termo que remete a um ser diabólico que nos desencaminha, daí satã se tornou diabo ou simplesmente cão (ele tem vários nomes criativos) que originou o conhecido “cavalo do cão”, aquele que reage feito um cavalo ensandecido do demo.

Nesse espaço existe, também, uma força de atração negativa, tipo uma força de gravidade pessoal que atrai tudo o que está ao seu redor.

Negativo porque essa força é simbolizada como o “desejo de receber apenas para si mesmo”.

Cabe aqui um esclarecimento, positivo e negativo são apenas palavras que aqui designam aquele movimento que nos aproxima e revela sabedoria ou ignorância e cada um gera consequências de aprendizado ou de endurecimento pessoal.

Assim como um buraco negro que não deixa a luz escapar por causa da incrível força gravitacional que é capaz de atrair e “engolir” planetas e estrelas podemos nos transformar em buracos negros onde queremos tudo: não só coisas, ou prestígios, direitos ou privilégios MAS principalmente, como tratado aqui, culpar e responsabilizar tudo e todos por tudo de negativo que acontece.

Solucionando a questão do espaço.

Montando o quebra-cabeças

Quando o desafio acontece é preciso PARAR e PERCEBER as reações psico-fisiológicas que incitam a uma resposta reativa.

Precisamos aproveitar e fazer algumas perguntas nessa pausa. Quem é na verdade o verdadeiro adversário? Que aspecto de meu ser está enxergando na situação? E, como posso me transformar e crescer a partir disso?

Em vez do porque? Pensar no para que!

Ou, qual o propósito, qual a mensagem!

Quando algo desagradável ou ruim acontece, nos incitando a reatividade (vitimização, culpando tudo e todos, agressividade, depressão…), primeiro é porque de alguma forma mereço (não de forma pejorativa ou negativa).

Mereço porque posso APRENDER MUITO a partir da situação desafiadora.

Quando nos conectamos com nosso Ser Divino interno e real que somos, possibilitamos que a energia proativa seja ativada, eliminando a questão do espaço para o caos.

Isso possibilita montar o quebra-cabeça, diminuindo ou eliminando o espaço para o adversário.

O contínuo exercício de SE perceber nessas situações desafiadoras nos possibilita o treinamento necessário para que essa percepção aconteça de forma natural.

A Kabbalah já dizia a muitos séculos que ninguém evolui sem desafios, veja a vida dos Patriarcas, de Moisés e de Jesus, por exemplo.

Sem verdadeiros desafios aquela escuridão escondida dentro de cada um de nós está apenas em estado latente, adormecida. Na verdade não precisamos ir atrás dos desafios, eles vêm até nós.

A verdadeira transformação é revelar a Luz que está oculta nessa escuridão; que o satán na verdade quer nos ajudar a revelar.

A Lâmpada

O que podemos aprender com uma lâmpada?

Numa lâmpada existe o pólo positivo (a Luz Infinita do Criador), o pólo negativo (o Recipiente — nós) e o filamento (a resistência).

Quando RESISTIMOS ao ato de ser reativo, e nos colocamos numa posição proativa, o filamento se acende revelando Luz que ilumina não só a lâmpada, mas tudo ao redor.

Mas se agirmos de forma reativa gera-se um curto-circuito gerando um grande clarão e o filamento se quebra…sem Luz a escuridão ocupa o espaço, criando caos.

Acenda sua lâmpada, resistindo à reatividade e promovendo a proatividade; e, juntos poderemos ser uma constelação!

A mensagem proposta pelos desafios é que alcancemos a plenitude que estamos destinados a atingir, refletindo sobre a questão do espaço para não darmos chances ao caos.

Grande abraço!